O sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) detectou 498 km² de desmatamento na Amazônia Legal em agosto. Os dados consideram tanto corte raso quanto degradação progressiva.
Os estados campeões em derrubada de floresta foram o Pará, com 301 km² registrados, e Mato Grosso, que contabilizou 105 km² de destruição. Rondônia e Amazonas tiveram respectivamente 51 km² e 22 km², enquanto os demais estados apresentaram índices menores que 7 km². Nesse mês a baixa ocorrência de nuvens na Amazônia permitiu a observação de 83% da região.
Os dados do Deter são enviados quinzenalmente ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), órgão responsável pela fiscalização das áreas. Os indicadores levam em conta as áreas de corte raso, que é quando há a completa retirada da floresta nativa, e áreas classificadas como degradação progressiva, que revelam o processo de desmatamento na região.
Em função da cobertura de nuvens variável de um mês para outro e, também, da resolução dos satélites, os dados do Deter não representam uma avaliação fiel do desmatamento mensal da Amazônia. Pelo mesmo motivo, os técnicos do Inpe não recomendam a comparação entre dados de diferentes meses e anos.
A qualificação amostral dos dados mostra que 90% dos alertas de agosto foram confirmados como desmatamento. Deste total, 73% foram classificados como corte raso e 13% como floresta degradada de alta intensidade. Os demais indicaram áreas de degradação moderada ou leve.
Confira o relatório com os números apontados pelo DETER em agosto e nos meses anteriores no http://www.amazonia.org.br/guia/detalhes.cfm?id=329229&tipo=6&cat_id=44&subcat_id=185
Veja também a avaliação qualitativa do DETER sobre os dados de agosto no http://www.amazonia.org.br/guia/detalhes.cfm?id=329230&tipo=6&cat_id=44&subcat_id=185
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