sexta-feira, 4 de setembro de 2009

OESP - Presidente apoia desmate menor

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil não vai se furtar de discutir metas para reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa na Conferência do Clima de Copenhague, agendada para dezembro. “Temos a obrigação moral de diminuir o desmatamento da Amazônia”, disse Lula, em entrevista à agência de notícias francesa France Presse (AFP). “O Brasil está disposto a discutir metas e compromissos. Não fugiremos da responsabilidade”, completou.

País tem ‘obrigação moral’ de reduzir índices, diz Lula

Lula afirmou que o Brasil deverá definir em novembro a meta que se dispõe a estabelecer para diminuir suas emissões. O presidente, entretanto, voltou a investir no argumento de que as nações mais pobres não podem ser submetidas às mesmas restrições que os países desenvolvidos. “Queremos que cada país assuma responsabilidade pelos danos que causa ao planeta”, declarou o presidente. “Se não há esse compromisso entre as metas de preservação as nossas florestas (nos países em desenvolvimento) e a diminuição (da emissão de gases) nos países ricos, será uma discussão falsa, na qual somente os pobres pagarão”, completou.

Lula argumentou que não se pode atribuir à China a mesma responsabilidade que aos Estados Unidos na hora de discutir a redução das emissões. Da mesma forma, disse ele, não se pode colocar no mesmo patamar Brasil, Inglaterra e França, já que emissões de gases nos países desenvolvidos ocorrem “há muito tempo”. “Nossa ideia é que possamos construir um acordo entre as posições brasileira, europeia, dos Estados Unidos, para ver se damos um passo adiante no que diz respeito ao Protocolo de Kyoto, que não foi assinado pelos americanos”, disse.


Nos EUA, ONU pedirá nova política para Amazônia

Por Jamil Chade

O presidente Lula será pressionado em encontro da ONU, no dia 23, em Nova York, a deixar de usar o argumento da soberania para impedir sugestões externas sobre desmatamento na Amazônia, revelou fonte da entidade ao Estado. O secretário-geral, Ban Ki Moon, criticou ontem as taxas de desmate. Nova York é a etapa final antes de reunião em Copenhague para acordo climático.

Nenhum comentário: