sexta-feira, 23 de maio de 2008

O Globo - Modernização produtiva na Amazônia

Coluna Negócios & Cia
Por Flávia Oliveira

O novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, planeja usar linhas de financiamento do BNDES para modernizar, aumentar a eficiência e reduzir os danos das atividades produtivas na Amazônia.

Minc já classificou dois setores como prioritários: a indústria madeireira e os produtores de óleo vegetal.

Nas próximas semanas, ele vai se reunir com representantes da Associação das Indústrias Madeireiras do Estado do Pará (Aimex) e da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) para apresentar a proposta. O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, também será procurado.
Minc vai pedir a ele um aporte especial do Finame (linha de crédito para máquinas e equipamentos) para reformular o modelo de produção dos dois setores.

— Vamos separar setores predatórios dos produtivos. Os madeireiros e os produtores de óleo podem ser nossos aliados na proteção da Amazônia, se entenderem os ganhos que terão com a modernização de suas atividades.
Eles podem ajudar a proteger a floresta da soja — disse o futuro ministro, em mais uma crítica ao desmatamento provocado pela expansão da fronteira agrícola.
Minc quer usar recursos públicos para financiar o reaparelhamento das indústrias, a formação da mão-de-obra e a capacitação dos empresários: — De cada dez árvores derrubadas na Amazônia, apenas três chegam ao mercado. O desperdício e a ineficiência são imensos.

Vamos ganhar com a modernização das atividades e a certificação da madeira e do óleo. Há empresários que não querem se associar à destruição da floresta.
Esses terão tratamento diferente.
E completa: — Agora, quem não quiser se modernizar vai se acertar com a Polícia Federal. E ficará cinco anos plantando manguezal, recuperando a floresta que ajudou a destruir.

Minc vai propor ao BNDES uso de recursos do Finame para reaparelhar madeireiras

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