CANCÚN, México (Reuters) - A União Europeia deseja adiar para depois da conferência de Cancún um acordo que usaria os mercados de carbono para recompensar países que preservam suas florestas tropicais, disse na segunda-feira a comissária europeia do Clima, Connie Hedegaard.
Pelo mecanismo proposto pela Organização das Nações Unidas, que é conhecido pela sigla REDD (de "redução de emissões pelo desmatamento e degradação"), os países que preservarem suas florestas, evitando assim contribuir com o aquecimento global, serão recompensados com créditos que poderiam ser vendidos a outras nações que ultrapassarem seus limites de emissões de gases do efeito estufa.
A UE acha que é cedo para adotar o mecanismo. "O risco se for feito errado é ameaçar todo o mercado de carbono," disse Hedegaard a jornalistas na conferência de Cancún, que vai até 10 de dezembro.
"Esperamos poder ter uma compreensão política geral sobre o REDD... aqui em Cancún. Achamos que devemos ser cuidadosos. Isso poderia ter alguns impactos sobre todo o mercado de carbono. Precisamos ter muita certeza do que estamos fazendo. É uma das coisas que precisam de mais detalhes."
(Reportagem de Gerard Wynn)
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