Do G1, em Cancún
Desabafo sentimental fictício é para países que rejeitam renovar acordo.
Novo período do tratado é ponto polêmico da COP 16, em Cancún.
O movimento Climate Justice (justiça climática, em inglês), uma rede de organizações humanitárias europeias, distribuiu nesta segunda-feira (6), na Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, em Cancún, uma carta de amor em nome do Protocolo de Kyoto em que o acordo reclama que está sendo abandonado.
Um dos pontos mais complicados da COP 16 é a discussão sobre a continuidade do protocolo. O Japão já disse que é contra. Aprovado em 1997, trata-se do único instrumento legalmente vinculante (de cumprimento obrigatório), em que países desenvolvidos se comprometem a reduzir suas emissões de gases causadores de efeito estufa. Como ele expira em 2012 e não há um acordo para substituí-lo, discute-se que seja prorrogado, para que não haja um período sem acordo algum.
Ouvi que alguns de vocês estariam planejando me abandonar, diz a carta da Climate Justice. Eu sei que não tem sido perfeito, mas pensei que tínhamos um compromisso legalmente vinculante. Não posso esperar mais e preciso da confirmação de seu amor aqui em Cancún, termina o desabafo fictício do Protocolo de Kyoto, que pode, de fato, ficar para trás nesta conferência.
Crédito da imagem: Dennis Barbosa/G1)
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