O Instituto de Pesquisa Espacial (INPE) divulgou hoje (8) os dados do sistema Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter). Em agosto de 2010 a Amazônia perdeu 265 quilômetros quadrados (km²) de floresta. Na comparação com agosto de 2009, quando os satélites registraram 498 km² de derrubadas, houve redução de 47%.
Com exceção do Amazonas, todos os Estados apresentaram redução de desmate. Segundo os dados, o crescimento nesse Estado foi de 26% no período, passando de uma área de 87,6 km² para 110,71 quilômetros quadrados.
O Pará possui os maiores índices, foram 134 km2 de florestas desmatadas em agosto. Mato grosso é o segundo colocado com 54,9 km2. A cobertura de nuvens mapeada foi de 17 % para toda Amazônia Legal.
Também foi divulgado um balanço das queimadas no país. O relatório mostra que o país teve 108 mil focos de calor neste ano. Das 304 unidades de conservação administradas pelo ICMBio, 90 foram afetadas pelos incêndios florestais. Segundo o coordenador do controle integrado de combate às queimadas, 32 deles ainda estão ativos, 14 encontram-se sob controle e 42 foram extintos.
Ainda há focos ativos em seis unidades de conservação: Parque Nacional das Nascentes do Parnaíba, Estação Ecológica Urucuíuna e Parque Nacional de Serra das Confusões, no Piauí, Estação Ecológica Serra Geral, no Tocantins, Reserva Extrativista da Serra do Cachimbo, no Pará, e Chapada Diamantina, na Bahia.
O sistema DETER captura apenas parte dos desmatamentos ocorridos, devido à menor resolução das imagens utilizadas e as restrições de cobertura de nuvens. O DETER é um levantamento rápido feito mensalmente pelo INPE desde maio de 2004, com dados do sensor MODIS do satélite Terra/Aqua e do Sensor WFI do satélite CBERS.
Os dados do Prodes, que calcula a taxa anual de desmatamento da Amazônia, ainda não foram divulgados. Esse satélite é mais preciso, por avaliar áreas menores. Os dados do Prodes para o período 2009/2010 devem ser apresentados em novembro. Em 2008/2009, a taxa anual de desmate calculada pelo Inpe foi de 7,4 mil km².
(Envolverde/Amazônia.org.br)
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