sábado, 16 de outubro de 2010

Dilma sai em defesa de plano de Marina Silva para a Amazônia

De olho no apoio de Marina Silva, candidata derrotada do PV à Presidência da República, a presidenciável petista, Dilma Rousseff, saiu ontem em defesa do Plano Amazônia Sustentável (PAS). O programa foi elaborado na época em que Marina estava à frente do Ministério do Meio Ambiente, mas acabou sob a coordenação do ministro extraordinário do Núcleo de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger. Este foi um dos motivos da saída de Marina do governo cinco dias depois do lançamento do PAS.

"Os fundamentos do PAS, e aí é uma questão de justiça com a ministra Marina, foi ela que estabeleceu. Eles são absolutamente vitoriosos no processo de redução do desmatamento e desenvolvimento da Amazônia", afirmou Dilma. "Eu participei, junto com o Ministério do Meio Ambiente, no caso, com a Marina, do PAS. E eu concordo com o plano. Acho que o plano combina ações importantes. O meu programa de meio ambiente é o programa desenvolvido pelo governo federal nos últimos anos com aquelas bases", disse. "Agora, obviamente nós vamos ter de avançar mais."

Dilma não quis comentar as pesquisas de intenção de voto.

Homossexuais

Ao assumir o compromisso de não encaminhar ao Congresso Nacional projetos que envolvam religião, Dilma defendeu a união entre homossexuais como um "direito civil", mas sublinhou que não se posicionará sobre o assunto em um eventual governo. A petista disse que as igrejas continuarão livres para decidir sobre assuntos inerentes a elas e criticou leis que criminalizam manifestações feitas dentro do contexto religioso.

"O preconceito contra o homossexual, temos que condenar. A parte relativa a criminalizar as igrejas, quando dentro delas existe manifestação que elas não aceitam, isso é um absurdo. Criminalizar é um excesso. Tem que ter equilíbrio. Não podemos exigir que as igrejas aceitem aquilo que elas não concordam. A lei pune a discriminação e o preconceito, tem uma parte da lei que está errada, porque torna crime o que não deve ser crime", assinalou a candidata.

Já o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, afirmou ser favorável à união civil de homossexuais. De acordo com o tucano, a questão envolve o Direito, diferentemente do casamento, que está ligado à Igreja. "A união em torno de direitos civis já existe, inclusive na prática, pelo Judiciário. E eu sou a favor para efeito de direito", afirmou, após se reunir com integrantes do Fórum de ONG-Aids do Estado de São Paulo, na capital.

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