vAs emissões de CO2 pelo setor agropecuário subiram 30% entre 1994 e 2007. A agropecuária representa 25% das emissões do País e é a segunda maior fonte brasileira de gases que provocam o aquecimento global, atrás apenas do desmatamento.
Ainda assim, a estimativa do Ministério do Meio Ambiente mostra que, entre quatro setores econômicos, a agropecuária é o que menos teve aumento. As indústrias tiveram, no período, aumento de 56%, apesar de representarem 1,7% das emissões. A área de energia, responsável por 20% das emissões, aumentou 54%.
Apesar de tradicionalmente apontados como culpados por boa parte das emissões de gases que prejudicam o clima - no caso, o metano, produto da flatulência -, bois e vacas ficam em segundo lugar. É o manejo do solo para plantação o responsável por 39% das emissões, com a preparação da terra com adubos e fertilizantes.
A "fermentação entérica" - o processo digestivo do gado - fica em segundo lugar, com 25% das emissões. Em terceiro surge o manejo de dejetos animais. A queima de resíduos agrícolas, como a do bagaço da cana, está em quarto lugar mas, ao mesmo tempo, é a que mais cresceu, 59% entre 1994 e 2007.
No total, o setor agropecuário emite cerca de 479 milhões de toneladas de CO2 por ano. A estimativa para as emissões em 2007 era de 1,9 bilhão de toneladas de gás carbônico. Dessas, 52% seriam causadas pelo desmatamento, especialmente na região amazônica. No entanto, esse índice já foi maior. Em 1994, representava 55,2%.
Neste período, o desmatamento chegou a ser reduzido, mas a matriz energética se tornou mais suja - entraram em ação as termelétricas e o uso de combustíveis fósseis cresceu, o que representou um aumento de 54% nas emissões - e houve crescimento industrial, assim como da produção de resíduos industriais e de lixo no País.
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