As terras que os produtores de arroz ocupavam na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, já foram completamente divididas entre os índios que vivem naquela área. Eles ainda não definiram, porém, como utilizar os quase 100 mil hectares. Segundo o presidente do Conselho Indigenista de Roraima, Dionito José de Souza, vão aguardar até o início do próximo ano, quando o governo deve definir programas de incentivo rural para as comunidades.
Por Roldão Arruda
Na segunda-feira, na reabertura das sessões do Supremo Tribunal Federal (STF), após o recesso do Judiciário, o ministro Carlos Ayres Britto, declarou que a retirada dos não-indígenas da Raposa Serra do Sol já foi completamente concluída - conforme havia sido decidido em março pelo plenário daquela corte. Ele também disse que a desocupação ocorreu de maneira pacífica.
A área demarcada tem 1,7 milhão de hectares. Segundo o presidente do CIR, o clima é de quase completa tranquilidade. A única questão que ainda incomoda algumas comunidades, segundo seu relato, é a presença de não-indígenas casados com índios. Eles foram autorizados pelo STF a permanecer, mas nos próximos dias líderes indígenas devem viajar a Brasília para conversar com Ayres Britto sobre o assunto.
Na Bahia, um grupo de índios pataxós bloqueou ontem pela manhã um trecho da BR-367, nas proximidades de Porto Seguro, a 730 km de Salvador. Exigiam a punição de pessoas acusadas de terem cometido crimes contra integrantes da tribo.
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