SÃO PAULO e BRASÍLIA. Um total de 578 quilômetros quadrados da Floresta Amazônica — o equivalente à metade da cidade do Rio de Janeiro — foi desmatado em junho, segundo relatório divulgado ontem pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Junho foi o mês deste ano em que foi constatado o maior desmatamento.
Desmatamento caiu em relação a junho do ano passado
Em relação a maio, quando foram fotografados pelos satélites 123 km2 de desmate, houve aumento de 370%. Ainda assim, o desmatamento de junho deste ano foi menor do que o do mesmo período de 2008, quando foram detectados 870 km2 de florestas desmatadas.
Segundo o Inpe, as comparação entre os meses não são precisas, porque os índices de cobertura de nuvens variam.
Quando a cobertura é maior, os satélites visualizam áreas menores.
Em junho, por causa das condições de visibilidade, os satélites deixaram de verificar 43% da Amazônia Legal.
No entanto, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse ontem que, com base nos números do Inpe, é possível afirmar que o Brasil vai registrar em 2009 o menor desmatamento dos últimos 20 anos. Ele disse acreditar que o registro ficará abaixo dos 11.037 km2 de 1991, ano em que se computou a menor área desmatada na região.
Se se confirmar, o Brasil estará perto de cumprir a meta anual de redução do desmatamento estabelecida pelo Plano Nacional sobre Mudança do Clima — de 8.327 km2 para este ano.
— Vai dar entre oito e nove mil km2 (desmatados), se não tiver nenhuma desgraça. Este vai ser o menor desmatamento dos últimos anos — disse Minc, admitindo que o desmate divulgado ontem pode ser maior, por ter ficado encoberto pelas nuvens, especialmente no centro do Pará, estado com o maior índice de destruição florestal.
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