quinta-feira, 27 de agosto de 2009

O Globo - Outra hidrelétrica na Amazônia

O Ibama aceitou sem restrições o estudo de impacto ambiental (EIA/Rima) da hidrelétrica de Santo Antonio do Jari, projeto do consórcio Amapá Energia, entre Pará e Amapá, em plena Amazônia. A usina, de 300 MW de potência instalada, tem investimento estimado em R$ 1,3 bilhão. A aprovação do EIA/Rima é o passo inicial do licenciamento ambiental.

Ibama aprovou estudo de impacto ambiental de usina no Rio Jari, entre Pará e Amapá

Mas tanto a licença prévia quanto a de instalação dependem do aval das comunidades locais, do mundo acadêmico e do MP, em audiências públicas, que ainda serão marcadas, informa o ministro Carlos Minc, do Meio Ambiente. “O impacto será mínimo. Vamos usar turbinas bulbo e aproveitar a velocidade do rio”, diz Miguel Ethel Sobrinho, presidente da Participa, que assumiu 90% do projeto em 2008. Dono da Jari Celulose e idealizador da obra, o Grupo Orsa tem 10% de participação. Ethel garante que os 28 metros de queda d’água da Cachoeira de Santo Antônio, no Rio Jari, serão preservados.

Segundo ele, a área alagada será de 27,2 quilômetros quadrados, já que a tecnologia adotada não exige grande reservatório. Também na Amazônia, a hidrelétrica de Balbina (AM), em operação há 20 anos, alagou 2.360 quilômetros quadrados e tem 250 MW de potência. A expectativa do consórcio é obter as licenças a tempo de iniciar as obras em junho de 2010. A construção deve levar dois anos.

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