Financiamento não poderia ser utilizado para a supressão da vegetação e terraplanagem no local da usina. Ainda assim, consórcio pretende iniciar o desmatamento no local em março
O consórcio Norte Energia S/A (Nesa), empresa de que reúne os 18 investidores da usina hidrelétrica de Belo Monte, desistiu do empréstimo-ponte de R$ 1,087 bilhão aprovado no final do ano passado pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O empréstimo-ponte era um financiamento de curto prazo com um propósito específico: o dinheiro só poderia ser utilizado pelo consórcio se fosse para fazer encomendas com fornecedores ou para estudos de engenharia.
O Nesa recebeu uma licença de instalação para canteiro de obras no final de janeiro, que autoriza a supressão de vegetação (desmatamento) e obras de terraplanagem, mas como não podia usar o financiamento do BNDES para esses fins, optou por desistir do empréstimo-ponte.
O consórcio também anunciou que pretende iniciar o desmatamento no local onde serão instalados os canteiros e os acampamentos em março. Segundo informação do jornal Folha de S. Paulo, essas obras devem ser feitas com financiamento dos sócios do consórcio, e o Nesa buscará outro empréstimo-ponte em bancos comercias.
Segundo a assessoria do BNDES, a recusa do empréstimo-ponte não tem nenhuma relação com o financiamento de longo prazo para a usina. Estima-se que o banco deve oferecer um empréstimo de mais de R$ 15 bilhões para a obra.
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