Segundo último relatório do Ibama, os casos de apreensão serão encaminhados ao Ministério Público Federal e a Polícia Federal, para providências.
Elaíze Farias
Iniciada em janeiro deste ano, a operação de prevenção e combate ao desmatamento ilegal da Amazônia é realizada pela primeira vez no período chuvoso graças a um satélite japonês adquirido pelo governo brasileiro, o ALOS.
“Antigamente a gente não visualizava o que acontecia por causa das nuvens. Com este satélite, a imagem atravessa as nuvens e faz a varredura. Dá para fiscalizar em tempo real”, explicou Jerfferson Lobato, chefe de fiscalização do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis).
Segundo Lobato, o período chuvoso na região é quando é registrado o maior índice de derrubada ilegal de árvores na Amazônia para transformar as áreas em pasto.
Devido à ausência de fiscalização dificultada pela falta de visualização do satélite, as operações do Ibama ocorriam, até 2010, apenas no período de menos chuva, sobretudo a partir de julho.
“A gente só chegava na época da queimada, quando as árvores já haviam sido derrubadas”, explica o chefe de fiscalizacao.
Conforme Lobato, a operação iniciada em janeiro já apreendeu mais de 250 metros cúbicos de madeira. Foram embargados 187 hectares de terra.
As toras são vendidas irregularmente, mas o objetivo final da derrubada é transformar a área em pasto para criação de rebanho.
Somente em janeiro, foram identificados 15 pontos de desmatamento no Sul do Amazonas.
A maioria desses pontos está em terra pertencente à União, seja como área de unidade de conservação, assentamentos e terras indígenas.
A operação do Ibama não tem prazo para encerrar. Ela abrange especialmente seis municípios: Boca do Acre, Lábrea, Canutama, Humaitá, Manicoré, Apuí e Maués.
Momentaneamente, o destino da madeira apreendida está sob responsabilidade da prefeitura de Humaitá, que assumiu a carga como fiel depositária.
A operação do Ibama conta com agentes do órgão que atuam no Acre e Batalhão ambiental da Polícia Militar do Amazonas.
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